quinta-feira, 18 de junho de 2015

Unsere Zeit

A mão tremia, o peito doía, as pernas ficavam bambas e o suor esfriava.
A cabeça pesava, o sentimento confuso ficava, ou você ou nada.
Nada demais pra um dia qualquer, mas é sobre a mulher que eu queria falar.
Desde antigos tempos, que vejo seu sereno jeito de olhar.
Lidar.
Pensar.
Agir.
Falar.
Lutar.
Cair.
Levantar.

Sinto saudades toda hora, que jeito formosa de me olhar.
Tenta esconder, mas teu jeito de sofrer é medo de se entregar.
Vivo cantando, escrevendo e compondo pra te falar.
Que essa tua vida, que hoje é trancada não vai funcionar.
Perdeu a chave? Quebra a porta, sabes que és fortes e vai funcionar.
Nunca tranquila, sempre menina tu me alucina só no olhar.
Com todo respeito:

"Te vejo em sonhos,
Te pego no colo,
Olho em teus olhos,
começo a beijar.

Te vejo cedendo,
Teu corpo tremendo,
Tudo aquecendo,
seus olhos a fechar.

Você sente a brisa,
Tira a camisa,
Se joga na cama,
começa a puxar.

Não passam as horas,
O relógio tá de fora,
Somos almas opostas,
ao se entregar.

Sentimos a cama,
Sofá, varanda,
Corpo à corpo,
a luz do luar."

És mais do que pensa, não me arrependo de falar.
Ao seu lado sinto vergonha, viro pamonha não sei o que falar.
Me puxa de um jeito que desejo, te faço canções, poemas, não ouse chorar.
Não te entristece, isso me aborrece só de pensar.
Te levo ao parque, cinema, no quarto, na sala, onde quiser repousar.
Te acho aqui dentro, vivo sofrendo sem te tocar.
Você tá voltando, te vejo voltando pro teu lugar.
Num bar de esquina, bebendo tequila ao me esperar.
Aperta.
Abraça.
Segura.
Chora.
Beija.
Não te larguei antes.
Não irei largar.

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